Deus espera que cada cristão experimente crescimento contínuo. Na continuidade da série “Mudando de Vida”, o Pastor Ricardo Pereira destacou que ninguém nasce pronto espiritualmente. Fomos criados para crescer, desenvolver e ser transformados pela graça de Deus.
Convém que Ele cresça e que eu diminua. João 3:30
Desde o primeiro tema da série (a conversão de 180°), passando pela entrega total e pela permanência diária, o sermão mostrou que a mudança verdadeira exige um processo constante. Se o inimigo luta para impedir que tomemos decisões espirituais, ele redobra o ataque quando finalmente decidimos seguir a Cristo. Por isso, não basta entregar-se — é preciso permanecer. E não basta permanecer — é preciso crescer sempre.
Usando a metáfora da esteira rolante, o pastor explicou que a vida espiritual nunca está parada: ou avançamos ou somos puxados para trás. O cristão que deixa de crescer passa a andar no ritmo da “esteira” do mundo e, sem perceber, retrocede.
No Reino de Deus, o crescimento acontece ao contrário da lógica humana: eu diminuo, Cristo aumenta. À medida que compreendemos nossa dependência total do Salvador, o Espírito Santo ganha espaço para transformar nosso caráter.
Jesus reforçou isso quando ensinou que o maior deve ser servo (Mateus 23:11) e quando lavou os pés dos discípulos como exemplo (João 13:1–17). Crescer espiritualmente é assumir a humildade de Cristo.
O pastor destacou que crescer não é apenas aprender — é desaprender aquilo que não vem de Deus. Israel no deserto é o exemplo clássico: após 400 anos no Egito, o povo precisou de tempo para desaprender práticas erradas e reaprender quem Deus realmente era (Êxodo 20). Crescer dói, exige esforço, disciplina e, às vezes, sofrimento — porque muitas das nossas lições mais profundas vêm através das provações (Romanos 5:3–4).
Assim como pessoas de sucesso estudam biografias para aprender com quem já chegou mais longe, o cristão cresce estudando a Bíblia. Nela encontramos precedentes espirituais: erros a evitar, acertos a imitar.
Deus não muda (Malaquias 3:6); portanto, o que funcionou para Abraão, José, Daniel, Davi, Estêvão e tantos outros funciona para nós hoje.
O pastor contou a história de seu filho caçula numa corrida infantil, onde a queda na curva final se transformou em reflexão e amadurecimento. Da mesma forma, nossas quedas e dores não são fracassos se delas extraímos sabedoria. Quando aprendemos com os erros, eles deixam de ser tropeços e se tornam ferramentas de Deus para acelerar nosso crescimento.
O sermão concluiu com uma ilustração marcante: um quadro feito com 24.500 moedas de 1 centavo, cujo valor artístico supera em milhares de vezes o valor das moedas em si. O material é simples, mas nas mãos de um artista, torna-se precioso.
Assim é nossa vida. Por nós mesmos, somos apenas “centavos”. Mas nas mãos de Deus — o Criador, Redentor e Artista do universo — Ele transforma nosso caos em obra de arte. O valor não está no material, mas na assinatura do Autor.
E o preço dessa obra? O sangue de Jesus Cristo.
