Vivemos em um mundo marcado por crises, guerras, injustiças, deslocamentos forçados e um crescente esfriamento do amor. Foi dentro desse contexto que o Pastor Eliezer Oliveira apresentou a mensagem “O amor que liberta”, convidando a igreja a refletir sobre que tipo de amor temos vivido e testemunhado.
E, por se multiplicar a maldade, o amor de muitos esfriará. Mateus 24:12
A mensagem parte de uma história real e impactante: a de Helmut Huber, um jovem de apenas 16 anos que, movido pela verdade e pela compaixão, enfrentou um regime injusto ao denunciar mentiras e defender a dignidade humana — mesmo sabendo que isso poderia lhe custar a vida. Seu exemplo revela um amor corajoso, sacrificial e comprometido com a justiça, um amor que não se acomoda diante do sofrimento alheio.
À luz dessa história, o pastor conecta a realidade do passado com o presente, lembrando as palavras de Jesus em Mateus 24:12: “E, por se multiplicar a maldade, o amor de muitos esfriará.” Segundo ele, a grande crise da humanidade hoje não é apenas o sofrimento em si, mas a indiferença. Quando o amor esfria, pessoas passam a ser vistas como ameaças, pesos ou incômodos — e não mais como seres humanos criados por Deus.
O centro da mensagem está em João 3:16, onde somos lembrados de que Deus amou o mundo inteiro — um mundo ferido, injusto e fragmentado — e entregou tudo por amor. Esse amor não é apenas teórico ou espiritualizado; é um amor que age, que se doa e que restaura dignidade. Um amor que liberta quem recebe, mas também quem decide amar.
O pastor destaca que amar como Cristo nos liberta de duas formas:
-
Liberta quem sofre, ao receber cuidado, acolhimento, informação, alimento ou esperança.
-
Liberta quem ama, ao romper com a lógica da indiferença e nadar contra a corrente de um mundo frio e conformado.
Nesse sentido, a igreja é chamada a ser refúgio — um lugar de abrigo, compaixão, esperança e dignidade. Assim como os refugiados buscam um lugar seguro, também somos “refugiados espirituais”, conscientes de que este mundo não é nosso destino final e de que nossa missão aqui é amar enquanto caminhamos rumo à eternidade.
A mensagem termina com um convite claro e prático: não se acostumar com o sofrimento, não se conformar com a injustiça e não permitir que o amor esfrie. Amar como Jesus amou é o maior testemunho que podemos dar — um amor que não depende de grandes recursos, mas de um coração transformado.
Que o Nosso Refúgio continue sendo esse espaço vivo onde o amor de Deus não apenas é pregado, mas vivido.
Ser fiel no pouco revela maturidade espiritual
A Bíblia é clara: “Quem é fiel no pouco, sobre o muito será colocado.”
Fidelidade não se prova em grandes gestos, mas nas pequenas decisões invisíveis:
Honestidade quando ninguém vê;
Integridade em detalhes aparentemente insignificantes;
Coerência entre fé e prática.
A grande pergunta não é apenas se confiamos em Deus, mas se Deus pode confiar em nós. Deus não precisa de recursos, afinal, Ele é dono do ouro e da prata. O dízimo não existe para suprir Deus, mas para revelar quem supre quem. Quando devolvemos o que é santo, declaramos:
“Eu não dependo desse valor para viver. Eu dependo de Deus.” Ricardo Pereira
É por isso que a Bíblia desafia: “Provai-me nisso.” Não é teoria. É experiência. Quem prova, vê. Deus libertou Israel do Egito antes de entregar os mandamentos. A obediência veio depois da libertação. Por isso, os mandamentos não são imposições, mas promessas de uma vida alinhada com o amor.
Somos livres para obedecer. Livres para descansar. Livres para confiar. Livres para não tocar no que é sagrado. A fidelidade não tira nada de nós. Ela nos protege.
O sábado: um memorial de confiança
Guardar o sábado é declarar semanalmente:
“Deus é meu Criador e Provedor.” Ricardo Pereira
Não precisamos do sétimo dia para sobreviver. Deus já nos deu seis. O sábado não é perda, é descanso. Não é obrigação, é sinal de relacionamento. É a mesma lógica do Éden: Deus já proveu tudo.
Essa é uma das promessas mais fortes das Escrituras. Deus não falha. Nunca houve alguém que obedeceu a Deus de coração e ficou sem Sua bênção. A fidelidade pode até ser testada, mas nunca será ignorada. Ela abre portas. Amplia fronteiras. Protege colheitas. E glorifica o nome do Senhor.
Fidelidade é deixar Deus ser Deus
Fidelidade é reconhecer que Ele é o Senhor — e nós, Seus filhos. É confiar que Ele sabe o que faz. É não tocar no que é santo. É viver uma fé prática, diária e transformadora.
Finalizando a mensagem, o pastor Ricardo enfatizou que no Éden havia uma árvore. Hoje, existem princípios. O significado é o mesmo. Deus continua procurando filhos e filhas fiéis. Esse é o melhor dos convites.
