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Dois irmãos ingratos

No último sábado, na Comunidade Adventista de Língua Portuguesa em Bruxelas, o Pr. Ricardo Pereira trouxe uma reflexão profunda sobre uma das parábolas mais conhecidas de Jesus: a do filho pródigo (Lucas 15:11-32). Porém, o pastor nos lembrou que talvez o título mais adequado fosse “A parábola do pai amoroso”. Afinal, o verdadeiro centro da história não são os filhos, mas o Pai que ama de maneira incondicional.

Dois irmãos ingratos - Comunidade adventista Nosso Refúgio

Mas nós tínhamos que comemorar e alegrar-nos, porque este seu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi achado.  Lucas 15:32

A parábola mostra dois irmãos. O mais novo, insatisfeito, pede a herança antecipada e parte para gastar tudo em prazeres passageiros. Quando perde tudo, descobre a miséria da vida longe do Pai. Já o mais velho, embora permanecesse em casa, também se revela ingrato: não compreendia o amor do pai, servia mais por obrigação do que por relacionamento, e se ressentiu ao ver o irmão sendo recebido com festa.

Em resumo, nenhum dos dois filhos era verdadeiramente fiel ou agradecido. Um se rebelou abertamente; o outro guardava ressentimento no coração. Ambos, de formas diferentes, estavam distantes do coração do Pai.

No entanto, a ênfase de Jesus está no Pai, que representa Deus.

  • O Pai não apenas reparte a herança, mas espera ansiosamente o retorno do filho perdido.

  • Quando o vê de longe, corre ao seu encontro, abraça-o e o restaura como filho, não como servo.

  • Ao mais velho, lembra: “Tudo o que é meu é teu” – mostrando que sua presença e generosidade sempre estiveram disponíveis.

Esse é o retrato do nosso Deus: um Pai que ama os filhos ingratos, tanto os que fogem quanto os que ficam, e que deseja apenas gratidão e relacionamento sincero.

O pastor destacou que a parábola nos alerta para dois perigos espirituais:

  1. Buscar prazeres longe do Pai, desperdiçando a vida em escolhas que trazem sofrimento e vazio.

  2. Viver perto, mas sem alegria, servindo a Deus apenas por rotina ou obrigação, sem experimentar a verdadeira comunhão.

Em ambos os casos, o coração está distante.

O Pai da parábola não busca perfeição, mas filhos que reconheçam seu amor. Ele deseja compartilhar conosco suas bênçãos, mas acima de tudo, caminhar ao nosso lado. O segredo de uma vida transformada não está em “fazer por merecer”, mas em viver com gratidão: agradecer pela vida, pela saúde, pelas pequenas e grandes dádivas diárias.

A história dos “dois irmãos ingratos” nos convida a não repetir os erros deles. Que possamos ser filhos que permanecem na casa do Pai, não por medo nem por interesse, mas por amor e gratidão.
E ao olharmos para Deus como nosso Pai amoroso, aprendemos que nada é mais precioso do que estar em sua presença e desfrutar da vida junto Dele.

Amigos unidos em Cristo a serviço de todos.

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